Leilão ANEEL

Crédito: Cauê Diniz
Thiago Barral, secretário nacional de Transição Energética e Planejamento do Ministério de Minas e Energia, discursa durante o leilão

São Paulo, 28 de março de 2024 – Foi realizado hoje, na B3, o Leilão de Transmissão nº 1/2024 promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) com finalidade de contratar concessões do serviço público de transmissão de energia elétrica, incluindo a construção, operação e manutenção de instalações.

Foram leiloados 15 lotes que, juntos, somam investimentos de R$ 18,2 bilhões. Os lotes envolvem instalações de 14 estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. O critério da disputa foi o de menor Receita Anual Permitida (RAP).

O projeto se destina à construção e manutenção de 6.464 quilômetros em linhas de transmissão novas e seccionamentos e de 9.200 mega-volt-ampères (MVA) em capacidade de transformação. A ANEEL estima a criação de 34,9 mil empregos diretos para a construção dos 69 empreendimentos a serem licitados.

O primeiro lote leiloado foi o 9, com instalações em Santa Catarina, e teve como vencedora  a Centrais Elétricas do Norte do Brasil - Eletronorte, representada pela corretora Sita, que ofertou proposta de R$ 11,6 milhões, o que representa deságio de 59,39%. A mesma empresa venceu o leilão do lote 1, com instalações no Ceará e no Piauí. A oferta foi de R$ 162,3 milhões, um deságio de 42,93%.

A Eletronorte levou também o lote 5, com instalações no Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Bahia. A oferta foi de R$ 302 milhões, que representa um deságio de 31,14%. A companhia ainda venceu o leilão do lote 3, com instalações no Ceará, com proposta de R$ 114,4 milhões, deságio de 26,94%.

Em seguida, foi leiloado o lote 12, composto por instalações no Maranhão e no Piauí. A vencedora foi a Energisa, representada pela corretora Guide Investimentos, que ofereceu R$ 112,5 milhões, deságio de 29,99%.

O lote 7 foi vencido pela EDP, representada pela Genial Investimentos, com oferta de R$ 51 milhões, o que significa um deságio de 41,05%. Esse lote tem instalações na Bahia, Tocantins e Piauí. A companhia também arrematou o lote 2, que tem instalações no Piauí, com proposta de R$ 135 milhões, um deságio 45,97%. A EDP ainda levou o lote 13, com instalações no Maranhão, Tocantins e Piauí, com oferta de R$ 102,4 milhões, deságio de 36,21%.

O Fundo Warehouse, do BTG e representado pela Necton Investimentos, venceu o leilão do lote 4, com instalações no Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. O valor da oferta foi de R$ 111,7 milhões, o que representa um deságio de 30,5%. 

O fundo também levou o lote 6, com instalações na Bahia e Minas Gerais, com proposta de R$ 284,3 milhões, um deságio de 49,6%. O Fundo Warehouse ainda venceu o lote 14, com instalações na Bahia. A oferta foi de R$ 162,9 milhões, deságio de 53,57%.

O leilão do lote 15, com instalações em Minas Gerais, foi vencido pelo Consórcio Olympus XVII, representado pela corretora Mirae Asset, que ofereceu R$154,4 milhões, o que significa um deságio de 33,5%.

A Brasiluz Eletrificação e Eletrônica, representada pela corretora H.Commcor, venceu o leilão do lote 8, com instalações no Rio de Janeiro. A proposta foi de R$ 16 milhões, um deságio de 43,27%.

O lote 10, com instalações em São Paulo, foi vencido pela Cox Brasil, representada pela Necton investimento, com oferta de R$ 29,2 milhões, um deságio de 43,49%.

Por fim, o Consórcio Paraná IV, representado pela Guide Investimentos, levou o lote 11, composto por instalações no Mato Grosso do Sul. A proposta foi de R$ 20,4 milhões, o que significa um deságio de 42,42%.

“Estamos conseguindo transformar o setor de energia elétrica em desenvolvimento econômico e social, garantindo emprego e renda às brasileiras e brasileiros. Com essas obras, até 2027, o Nordeste se consolidará como vetor da segurança e da transição energética, de forma justa e inclusiva”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

“A B3 é o ponto de encontro entre grandes projetos e investidores interessados e, para nós, é uma grande honra contribuir no desenvolvimento da infraestrutura do país por meio de um ambiente de negócios sólido, transparente e seguro que viabiliza a realização de projetos como esse”, disse Ana Buchaim, vice-presidente de Pessoas, Marketing, Comunicação, Sustentabilidade e Investimento Social Privado da B3.

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