24/11/2016

B3 divulga a 12ª carteira do ISE


A BM&FBOVESPA anunciou hoje a décima segunda carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), que vai vigorar de 02 de janeiro de 2017 a 05 de janeiro de 2018. A nova carteira reúne 38 ações de 34 companhias. Ela representa 15 setores e soma R$ 1,31 trilhão em valor de mercado, o equivalente a 52,14% do total do valor das companhias com ações negociadas na BM&FBOVESPA, com base no fechamento de 22/11/2016 (no ano anterior, somava R$ 1,15 trilhão em valor de mercado, o equivalente a 45,68% do total). 

São convidadas a participar do processo anual do ISE -- cujo parceiro técnico desde a criação do índice é o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (GVces) -- as companhias que detém as 200 ações mais líquidas da Bolsa na virada da carteira. Para o processo da carteira anunciada hoje, foram convidadas 179 companhias. Destas, 41 participaram do processo, sendo 39 como elegíveis e duas como treineiras.

A carteira do ISE para 2017 marca o início do disclosure das respostas do questionário como pré-requisito para a participação no Índice. Com isso, as respostas das 34 companhias estão disponíveis no site isebvmf.com.br.

Esta carteira também inaugura a inclusão dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no questionário em alinhamento e de forma tempestiva à adoção dos ODS pela ONU no final de 2015.  A partir de uma abordagem integrada, as perguntas foram estruturadas a fim de que as empresas possam:

  • Analisar as implicações das práticas empresariais em relação aos ODS
  • Prever indicadores e metas em relação aos ODS e seus resultados esperados
  • Prever recursos compatíveis com seus objetivos e metas
  • Considerar possibilidades de cooperação para atingimento dos objetivos e metas

Desde a sua criação, em 2005, o ISE apresentou rentabilidade de +145,36% contra +94,11% do Ibovespa (Base de fechamento em 22/11/2016). No mesmo período, o ISE teve ainda menor volatilidade: 25,25% em relação a 28,05% do Ibovespa.

O processo da carteira 2017 do ISE contou novamente com a asseguração externa da KPMG, que emitiu parecer de “Asseguração Limitada sem Ressalvas”. A asseguração do processo do ISE é realizada desde 2012, o que confere ainda mais credibilidade e confiabilidade ao índice. Além disso, o ISE segue com a parceria de monitoramento diário de imprensa feito pela empresa Imagem Corporativa.  

Nova Carteira – 2017

AES Tiete

BRF

Copel

Eletrobras

Fleury

Lojas Renner

SulAmerica

B2W

CCR

CPFL

Eletropaulo

Itaúsa

Light

Telefônica

Banco do Brasil

Celesc

Duratex

Embraer

Itaú Unibanco

MRV

Tim

Bradesco

Cemig

Ecorodovias

Engie*

Klabin

Natura

Weg

Braskem

Cielo

EDP

Fibria

Lojas Americanas

Santander

 

   *Tractebel altera razão social para Engie em 21/07/2016. 
 
Carteira atual – 2016
 

AES Tiete

BRF

Copel

Eletrobras

Fleury

Light

SulAmerica

B2W

CCR

CPFL

Eletropaulo

Itaúsa

Natura

Telefônica

Banco do Brasil

Cemig

Duratex

Embraer

Itaú Unibanco

Oi**

Tim*

Bradesco

Cesp*

Ecorodovias

Even

Klabin

Lojas Renner

Tractebel***

Braskem

Cielo

EDP

Fibria

Lojas Americanas

Santander

Weg

*Empresas que não divulgaram as respostas de seu questionário. *Em 21/06/2016, a OI entrou em situação especial, deixando de fazer parte da carteira do ISE em 22/06/2016. ***Tractebel altera razão social para Engie em 21/07/2016.

RAIO X DA CARTEIRA

  • 100% das empresas aderiram formal e publicamente a compromissos voluntários amplamente legitimados, relacionados ao Desenvolvimento Sustentável (97% em 2015);
  • 100% das empresas publicaram no último ano seu Relatório de Sustentabilidade no modelo GRI (100% em 2015);
  • 100% das empresas declararam aderir formal e publicamente a compromissos sobre mudança do clima (100% em 2015);
  • 95% das empresas possuem uma diretoria que se reporta diretamente à alta direção (primeiro escalão) e com atribuição de tratar questões relativas à sustentabilidade (92% em 2015);
  • 97% das empresas possuem processos e procedimentos implementados em relação à aplicação de critérios socioambientais para a gestão de todos os seus fornecedores críticos (89% em 2015);
  • 50% das empresas contam com uma ou mais mulheres em seus Conselhos de Administração, como conselheiras efetivas (56% em 2015);
  • 12% contam com a participação de um ou mais negros no Conselho de Administração, como conselheiros efetivos (10% em 2015);
  • 98% das empresas afirmaram ter uma política de riscos e 95% uma gestão de riscos corporativos que considera aspectos socioambientais*(essas perguntas foram desdobradas de uma única pergunta de 2015, cuja porcentagem foi 92%).

RAIO X – ODS (inclusão no questionário a partir deste ano)

  • 98% consideram o referencial representado pela Agenda 2030 e pelos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) na gestão das práticas empresariais. Dessas, 87% realizaram análise para identificar se há relação direta e relevante entre as práticas empresariais decorrentes de seus compromissos voluntários e os ODS.

Os 5 ODS mais frequentemente percebidos como relevantes por essas empresas são:

  • 85% - ODS 8: Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos;
  • 83% - ODS 13: Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus impactos;
  • 81% - ODS 5: Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas;
  • 81% - ODS 12: Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis;
  • 80% - ODS 4: Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.

Os 5 ODS menos frequentemente percebidos como relevantes por essas empresas são:

  •           52% - ODS 6: Assegurar a disponibilidade e a gestão sustentável da água e saneamento para todos;
  •           50% - ODS 10: Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles;
  •           50% - ODS 1: Acabar com a pobreza em todas as suas formas e em todos os lugares;
  •           33% - ODS 2: Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável;
  •           9% - ODS 14: Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável.

Os percentuais referem-se à proporção de empresas que indicaram esse ODS como relacionado de forma relevante às práticas empresariais que adota em função de seus compromissos com o desenvolvimento sustentável.

Sobre o ISE

  • O Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) foi criado em 2005, sendo o quarto do tipo no mundo (1º: Nova Iorque; 2º: Londres; 3: Johanesburgo).
  • Seus objetivos são atuar como indutor de boas práticas no meio empresarial brasileiro e ser uma referência para o investimento socialmente responsável.
  • O ISE reflete o retorno médio de uma carteira teórica de ações de empresas de capital aberto e listadas na BM&FBOVESPA com as melhores práticas em sustentabilidade.
  • Seu desenho metodológico é de responsabilidade do Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces) da FGV-EAESP e tem por base um questionário com sete dimensões: Ambiental, Social, Econômico-Financeira, Governança Corporativa, Geral, Natureza do Produto e Mudanças Climáticas. A avaliação das empresas é feita em dois âmbitos: quantitativo (respostas do questionário) e qualitativo (envio de documentos comprobatórios de forma amostral).
  • O índice é calculado pela BM&FBOVESPA em tempo real ao longo do pregão, considerando os preços dos últimos negócios efetuados no mercado à vista. São convidadas a participar do processo as empresas que detém as 200 ações mais negociadas no pregão em termos de liquidez.
  • O ISE conta com uma opção ao investidor atento a esta agenda. Trata-se do ETF ISUS11 (fundo de índice), listado em 31/10/2011. Os fundos de índices, conhecidos no mundo todo como ETFs (Exchange Traded Funds), são espelhados em índices e suas cotas são negociadas em Bolsa da mesma forma que as ações.
  • O mais alto nível de governança do ISE é o CISE - Conselho Deliberativo do ISE, presidido pela BM&FBOVESPA, e composto por mais 10 entidades: Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec) – vice-presidente do CISE, Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Grupo de Institutos Fundações e Empresas (GIFE), Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON), Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, International Finance Corporation (IFC), Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e Ministério do Meio Ambiente.