B3 na COP30

Belém, 12 de novembro de 2025 –  Durante a COP30, as 30 empresas presentes simultaneamente nos três principais índices ESG da B3 foram reconhecidas em uma cerimônia comemorativa realizada na EY House, na noite de 12 de novembro, em Belém. Em meio à maior conferência climática, a B3 reforça que uma gestão sustentável deve existir para além das fronteiras entre as três letras da sigla ESG.

“Falar de ESG com seriedade é falar de metas, métricas e resultado. Esses índices transformam as teses ESG em teses de investimento, demonstrando de forma objetiva que sustentabilidade é sim pauta de negócio. São carteiras que traduzem responsabilidade em números, comparabilidade e transparência, e oferecem um balizador para que investidores integrem essas teses em seus portifólios de investimentos”, afirma Ana Buchaim, vice-presidente de Pessoas, Marketing, Comunicação, Sustentabilidade e Investimento Social da B3.

Cada índice da bolsa tem um foco específico e o processo de evolução contínua das metodologias de avaliação reforça o quanto essas 30 empresas estão comprometidas com a agenda de sustentabilidade. O ISE B3 reconhece empresas que aderem as melhores práticas de sustentabilidade. O ICO2 B3 seleciona empresas pelo seu comprometimento com a eficiência na gestão de gases de efeito estufa. O IDIVERSA B3 reconhece as empresas cujo quadro de funcionários (incluindo liderança, Conselho e Diretoria Estatutária) mais se aproximam da população brasileira conforme dados do IBGE em termos de gênero e raça. 

As companhias que se destacam pela presença nos três índices da B3 são:

Bens Industriais: Ecorodovias e Motiva SA.

Comunicações: Tim.

Consumo Cíclico: Casas Bahia, C&A, Cyrela, Lojas Renner, Magazine Luiza e Yduqs.

Consumo não Cíclico: Ambev, Assaí, M. Dias Branco, Natura e Pão de Açúcar.

Financeiro: Allos, Bradesco, Banco do Brasil, Iguatemi S.A., Itaú Unibanco e Santander.

Petróleo, Gás e Biocombustíveis: Cosan.

Saúde: Fleury, Hypera e Raia Drogasil.

Utilidade Pública: Cemig, Copel, CPFL Energia, Engie Brasil, Isa Energia e Neoenergia.

Atuação na COP30

Ao longo da COP30, a B3 também participa de debates sobre a consolidação do mercado brasileiro de carbono, com foco em infraestrutura, transparência, padronização e governança. Entre os pontos que devem ser discutidos estão: riscos climáticos já percebidos por investidores; pressão crescente por dados ESG consistentes; preparação das empresas para a adoção obrigatória das normas IFRS S1 e S2 a partir de 2027; importância da taxonomia brasileira e sua interoperabilidade com modelos internacionais.  

A B3 apresenta, ainda, iniciativas como a atuação conjunta com o governo para estruturar o mercado regulado de carbono; o projeto-piloto da plataforma de registro primário de créditos de carbono da Mata Atlântica, reconhecido pela SBCOP como um dos cases mais promissores em transition finance; e a parceria com a ACX, que já viabilizou a negociação de 3,3 milhões de créditos em 2024. 

IA e dados ESG: tecnologia como pilar da integridade

Outro eixo importante da programação é o debate sobre tecnologia aplicada ao ESG, no qual a B3 apresenta o avanço de ferramentas dedicadas a dados e inteligência artificial.

O ESG Workspace, plataforma da B3 que já reúne mais de 80 mil pontos de dados e cerca de 4 mil usuários ativos, estará em destaque nos painéis sobre digitalização e tomada de decisão baseada em dados.  

Durante a conferência, a B3 demonstra como a IA reduz etapas que antes levavam semanas para menos de uma hora, qualificando a coleta, validação e extração de informações ESG, um avanço essencial para a consolidação dos novos padrões de relatório e para mercados de carbono íntegros. 

A B3 reforça que sua presença na COP30 não se limita aos debates técnicos, a participação busca fortalecer parcerias, ampliar o acesso a dados de qualidade e promover métricas que sustentem mercados confiáveis durante a transição para uma economia de baixo carbono.