30/09/2021

CLP divulga resultados do Ranking de Competitividade dos Estados 2021

São Paulo segue como estado mais competitivo do país, seguido por Santa Catarina e Distrito Federal; Pará, Acre e Roraima ocupam as últimas posições


 

São Paulo, 30 de setembro de 2021 - O CLP (Centro de Liderança Pública) divulgou nesta quinta-feira, 30, os resultados do Ranking de Competitividade dos Estados 2021. Realizado na sede da B3, bolsa do Brasil, e em parceria técnica com a Tendências Consultoria e a Seall, o evento foi transmitido pela TV B3 e TV Estadão e contou com a participação de cinco governadores e um vice-governador: Carlos Moisés (PSL-SC), Flávio Dino (PSB-MA), João Azevedo (Cidadania-PB), Mauro Mendes (DEM-MT), Rodrigo Garcia (PSDB-SP) e Wellington Dias (PT-PI)  Assista neste link.

Na décima edição consecutiva do Ranking de Competitividade dos Estados, a avaliação das 27 unidades federativas foi ampliada de 73 para 86 indicadores, distribuídos em dez pilares temáticos considerados fundamentais para a promoção da competitividade e melhoria da gestão pública dos estados brasileiros: Infraestrutura, Sustentabilidade Social, Segurança Pública, Educação, Solidez Fiscal, Eficiência da Máquina Pública, Capital Humano, Sustentabilidade Ambiental, Potencial de Mercado e Inovação.

Os novos indicadores foram acrescidos em três pilares específicos: Eficiência da Máquina Pública, Sustentabilidade Social e Sustentabilidade Ambiental. Neste último, o levantamento passa a avaliar indicadores como desmatamento e recuperação de áreas degradadas, enquanto a temática social leva em conta, a partir de agora, indicadores como cobertura vacinal, obesidade e desnutrição infantil. Por fim, o estudo também incorporou temáticas essenciais como equidade de gênero e de remuneração na administração pública. 

Além disso, o Ranking de Competitividade dos Estados de 2021 conta com novas camadas adaptadas aos parâmetros ESG e ODS, além de dados internacionais dos países membros da OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Desta forma, se mede o tamanho do desafio dos estados sob a ótica internacional buscando-se boas práticas que possam ser aplicadas ao Brasil.

“O Brasil às vezes perde tempo com inimigos imaginários ao invés de enfrentar os problemas reais, que se apresentam todos os dias na vida das pessoas. É desse mundo real que trata o Ranking de Competitividade dos Estados. Nesta décima edição vai ficar ainda mais evidente que um governo competitivo é aquele que usa indicadores e metodologias para planejar, priorizar e executar políticas públicas sustentáveis, sobretudo com o novo recorte das nossas camadas ESG e ODS”, afirma Tadeu Barros, diretor geral do CLP.

Resultados

Um fator que influenciou na oscilação das posições dos estados foi o acréscimo dos 13 indicadores no Ranking deste ano. De qualquer forma, assim como nas últimas sete edições, São Paulo segue na 1ª colocação. Do mesmo modo, Santa Catarina permanece na 2ª posição, Distrito Federal na 3ª e Paraná na 4ª. A maioria dos estados do Sudeste, Sul e Centro-Oeste concentra-se na metade superior do ranking, com os estados do Norte e Nordeste ocupando posições mais baixas. Ceará é o representante do Nordeste mais bem colocado (12ª), à frente de Alagoas (13ª). E Amazonas é o representante do Norte com melhor colocação (11ª). Os três últimos colocados foram Pará, Acre e Roraima. Nesta edição, Piauí saiu das últimas posições, passando da 26ª para a 20ª colocação.

Confira o desempenho do Ranking de Competitividade por região:

Região Norte

Na comparação com o ano anterior, 3 dos 7 estados da Região Norte registraram queda em seu desempenho no Ranking de Competitividade dos Estados 2021. São eles: Amapá (-3 posições), Roraima (-2 posições) e Pará (-1 posição). Outros dois estados não tiveram oscilação: Rondônia e Tocantins.  Amazonas é o representante do Norte mais bem colocado (11ª).

Região Nordeste

Neste ano, o estado mais bem posicionado no Nordeste foi novamente o Ceará, desta vez na 12ª colocação, duas posições abaixo em relação a 2020. O Rio Grande do Norte também perdeu duas colocações, enquanto Bahia e Maranhão mantiveram-se estáveis. Por outro lado, o Piauí foi o estado que mais evoluiu no levantamento deste ano, da 26ª para a 20ª posição. Alagoas também subiu duas colocações e agora é o segundo melhor estado da região.

Região Centro-Oeste

Os estados da Região Centro-Oeste ficaram na metade superior do Ranking Geral. Goiás subiu duas posições e agora é um dos dez estados mais competitivos. Já o Distrito Federal manteve-se na 3ª colocação, mesma posição das três edições anteriores. O Mato Grosso subiu para a 7ª colocação e o Mato Grosso do Sul  continuou no 6º lugar.

Região Sudeste

A região Sudeste manteve o bom desempenho no ranking, com 3 dos seus 4 estados figurando entre os dez mais competitivos. O destaque foi para o estado de São Paulo, que permaneceu em 1º lugar. Na outra ponta, o estado do Rio de Janeiro perdeu seis posições e caiu para a  17ª colocação geral. Espírito Santo e Minas Gerais ocupam a 5ª e a 8ª posições,  respectivamente.

Região Sul

Os três estados da região Sul se mantiveram entre os dez estados mais competitivos no Ranking de Competitividade dos Estados. Pelo quinto ano consecutivo, Santa Catarina ocupa o 2º lugar do ranking geral. O Estado do Paraná se mantém em 4º, assim como em 2018, 2019 e 2020, e o Rio Grande do Sul fica em 9º lugar, após ter caído uma posição em relação a 2020.

 

Resultados ESG e ODS

Lançado pela primeira vez pelo CLP, o Ranking de Sustentabilidade dos Estados é uma adaptação do Ranking de Competitividade dos Estados a partir dos 17 objetivos do desenvolvimento sustentável e suas 169 metas (ONU, 2015), bem como critérios ESG (environmental, social and governance) chancelados pela União Europeia (EU, 2020) para valorização das boas práticas ambientais, sociais e econômicas dos Estados.

Dos três estados mais bem colocados na camada ODS, o primeiro lugar é da região Sudeste e os demais, da região Sul. São Paulo se destaca como o estado com maior pontuação média em ODS (89,3), seguido por Santa Catarina (81,9) e Paraná (75,5).

São Paulo também ocupa a liderança na camada ESG. Santa Catarina e Distrito Federal aparecem em 2º e 3º lugares, seguidos do Paraná, em 4º lugar. Esse resultado deixa claro que os dois rankings de sustentabilidade – ODS e ESG – são independentes entre si. Cada um deles traz uma abordagem e, por consequência, uma contribuição diferente para os governos e organizações. Confira todos os resultados dos Rankings ESG e ODS. Confira todos os resultados dos Rankings ESG e ODS.