Tecnologia

São Paulo, 10 de outubro de 2025 – A inteligência artificial (IA) está cada vez mais presente no cotidiano das crianças, seja por meio de assistentes virtuais, jogos educativos ou plataformas de ensino adaptativo. Essa tendência levanta debates sobre os impactos da tecnologia no desenvolvimento infantil, desde o estímulo à criatividade até os desafios éticos e sociais que envolvem seu uso.

Thiago Suzano, diretor de Engenharia de Software da B3, a bolsa do Brasil, acredita que a IA pode ser uma aliada poderosa na formação das novas gerações. “Com algoritmos bem estruturados, é possível oferecer experiências de aprendizado mais ricas, que respeitam o ritmo e o estilo de cada criança”, afirma. Ele destaca ainda o potencial da IA para desenvolver habilidades como lógica, resolução de problemas, senso crítico e até programação, de forma lúdica e envolvente.

IA na prática

O uso de IA na educação pode ampliar o acesso ao conhecimento, personalizar o aprendizado e apoiar professores na identificação de dificuldades específicas dos alunos segunda a Unesco no Guia para IA generativa na educação e na pesquisa. 

Educadores também têm explorado o uso de ferramentas baseadas em IA para criar ambientes mais inclusivos. 

Apesar dos avanços, o uso da IA na infância exige atenção redobrada, com a necessidade de regulamentações claras, práticas pedagógicas responsáveis e importância de manter o equilíbrio entre o digital e o mundo físico. 

“Em breve as habilidades humanas serão ainda mais fundamentais no mercado de trabalho. É imprescindível que pais, professores e instituições promovam um uso consciente e ético da IA. A tecnologia deve ser uma ponte para o futuro, um impulsionador do desenvolvimento humano, não uma barreira”, ressalta Thiago. “O desafio está em garantir que ela seja usada como ferramenta de autonomia, inclusão e aprendizado, e não como substituta da interação humana ou da curiosidade natural das crianças”, completa o executivo.